segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

DE TODAS AS CORES, DE VÁRIAS IDADES, DE MUITOS AMORES: SOMOS MULHERES!


Voltemos ao início de tudo, onde o impensado aconteceu: nascemos de um homem! Pois é, temos que admitir que o sexo oposto tem lá seus méritos.

Talvez DEUS ao retirar uma costela de Adão, para dar origem a Eva, não imaginava que a segunda comeria o fruto proibido. É, mas foi o que aconteceu! Começamos de forma errada, mas vejamos adiante...

Por termos trazido o pecado ao mundo nossa trajetória não foi das mais fáceis. Submissas, consideradas seres irracionais, marcadas por provérbios machistas, associadas a afazeres domésticos, essa foi a realidade de nossas antecessoras. Digo com muita confiança: foi, pois agora a situação é bem diferente. Estamos presente em empresas, construções, universidades, usinas petrolíferas, transportadoras e até mesmo no futebol! E pode acreditar, existem lugares em que somos maioria. Claro, ainda há uma certa diferença de salário e de ocupação de cargos considerados superiores, onde os homens são quase unanimidade, mas como tudo indica, isso logo terá fim e acredite se quiser, ainda há quem se refira a nós como sexo frágil...paciência.

Lembra daquele ser, do qual tiramos o passaporte que dava direito a estádia eterna no paraíso? Hoje, somos o braço direito dos descendentes dele e infelizmente alguns agradecem à isto de forma equivocada.

Querendo ou não, a violência contra mulher ainda vaga por aqui e como já disse acima, geralmente é praticada pelos companheiros.

As estatísticas comprovam que a maioria das mulheres que sofrem agressão doméstica, não denunciam o agressor, outras só levam o caso até a Delegacia da Mulher quando a situação já está bastante avançada. Frequentemente são mostrados na mídia casos em que esta impunidade resulta em morte, repito: frequentemente. Algo inaceitável.

As autoridades têm feito campanhas, mas quem realmente pode alterar os números são as vitimas, as quais alegam que dois dos principais fatores que as impedem de registrar ocorrência é a vergonha da exposição e o medo das ameaças feitas por aqueles que muitas delas ainda amam. Compreendo todo o anseio, mas se lembrarmos que somos MULHERES, que dentro de nós corre sangue guerreiro, sedento de liberdade, igualdade e justiça e que hoje as condições são muito mais favoráveis a nós, faremos a diferença como as de outrora fizeram, pois isto é um importante degrau em nossa caminhada. Sim, é possível!

Um grande marco da história, que ajudou na valorização feminina, já que nos deu um dia internacional, foi quando centenas de mulheres morreram carbonizadas dentro de uma fábrica, o que repercutiu mundialmente, já que a sociedade só passa a dar importância a algo, quando são tomadas iniciativas bruscas: pancadarias, motins, revoltas e em casos extremos: mortes. Então imagino: quantas mulheres ainda precisarão morrer para que seja extinta a violência contra mulher? Digo extinta dentro dos lares e não só no “papel”. É certo, que num país onde o preconceito, que deveria não mais existir, é encoberto, a violência supostamente também será, mas prefiro acreditar que não e não somente acreditar...

Somos eternamente gratas àquelas mulheres que com muita garra permitiram que hoje a situação fosse essa, mas pense: nós também somos e fazemos parte da história, por isto temos que continuar construindo com bases fortes o futuro de nossas filhas e netas. Violência contra mulher, é incompreensível nesta altura do campeonato, já que trocamos o avental pelo jaleco e a vassoura pelo note book, vamos trocar também a violência pelo respeito. E tanto se fala que o feminismo vem se apoderando cada vez mais de nós... Não, só queremos essa tal igualdade que tanto se prega e pouco se pratica e o que é bem diferente de exibicionismo, vulgaridade, excesso de modernismo e outras tantas coisas que muitas de nós confundem. Igualdade é um perigoso querer, porque nem todas as pessoas saberão aproveitá-la de maneira saudável, como já vem acontecendo. No entanto eu luto por ela, não no seu sentido TOTAL, mas no que diz respeito a respeito. Respeito que é sinônimo de não subestimar, porque podemos fazer tudo que um homem faz, só que com rímel, batom, blush, pulseira, anel e claro, salto. O tempo talvez não seja o mesmo, mas se eu fosse você focaria no resultado...

Parabéns a nós mulheres por tamanha superação e avancemos em direção ao “topo”.

Agora chegou minha vez vou cantar

Mulher brasileira em primeiro lugar!